Há 10 anos Francisco Genézio Lima de Mesquita realiza um evento para relembrar, discutir e disseminar o pensamento de Paulo Freire. Funcionário administrativo da UNICAMP, Genézio segue uma batalha solitária de manutenção e realização do evento, e graças a sua simpatia e generosidade tem conquistado a amizade e o apoio de muitas pessoas que junto com ele mantem vivo o ideal de Paulo Freire.
Genézio em seu trabalho na biblioteca da UNICAMP |
Segue abaixo a descrição do evento:
INFORMAÇÕES GERAIS:
Local: Auditório do Instituto de Artes
Data: 18 e 19 de Setembro de 2012
Horário: das 9h00 às 17h00
Nome do Organizador: Francisco Genézio Lima de Mesquita
Organizador/Apoio:
UNICAMP/GGBS/CGU/BIBLIOTECA POPULAR Paulo Freire
SOBRE O EVENTO
Esse evento objetiva apresentar trabalhos relacionados ao educador e filósofo pernambucano Paulo Freire (1921-1997), que é reconhecido como patrono da educação brasileira. É o que estabelece a Lei nº 12.612, do dia 13 último. Freire dedicou grande parte de sua vida à alfabetização e à educação da população pobre.
Oriundo de uma família de classe média, Freire conviveu com a pobreza e a fome na infância, durante a depressão de 1929. A experiência o ajudou a pensar nos pobres e o levou, mais tarde, a elaborar seu revolucionário método de ensino. Em 1943, chegou à Faculdade de Direito da Universidade de Recife, hoje Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Durante o curso, teve contato com conteúdos de filosofia da educação. Ao optar por lecionar língua portuguesa, deixou de lado a profissão de advogado. Em 1946, assumiu a direção do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social de Pernambuco, onde passou a trabalhar com pobres analfabetos.
Em 1961, como diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade de Recife, montou uma equipe para alfabetizar 300 cortadores de cana em 45 dias. As experiências bem-sucedidas com alfabetização foram reconhecidas em 1964 pelo governo de João Goulart, que aprovou a multiplicação das experiências no Plano Nacional de Alfabetização. No entanto, poucos meses após a implantação, o plano foi vetado pelos militares, que assumiram o governo. Freire foi preso e expulso do país. Em 16 anos de exílio, passou por Chile, Suíça, Estados Unidos e Inglaterra e difundiu sua metodologia de ensino em países africanos de colonização portuguesa, como Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Em sua obra mais conhecida, A Pedagogia do Oprimido, o educador propõe um novo modelo de ensino, com uma dinâmica menos vertical entre professores e alunos e a sociedade na qual se inserem. O livro foi traduzido em mais de 40 idiomas.
Por: Adriana Barcellos
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